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O Encontro da Misericórdia e da Justiça




"A misericórdia e a verdade se encontraram...”
(Sl 85.10)

HAVIA certo Pai de família, um Rei poderoso, que tinha quatro filhas.

Uma se chamava Misericórdia; a segunda, Verdade; a terceira. Justiça; e a quarta, Paz; de quem se diz: "A Misericórdia e a Verdade se encontraram; a Justiça e a Paz se beijaram'.

Ele tinha também certo Filho muito sábio, a quem ninguém se comparava em sabedoria. Tinha igualmente certo criado a quem havia exaltado e enriquecido com grande honra; pois Ele o fizera segundo sua própria semelhança e similitude, e isso sem mérito precedente por parte do criado. Mas o Senhor, como é o cus tume com tais mestres sábios, desejava prudentemente explorar e conhecer o caráter e a fé do seu criado, se este lhe era ou não digno de confiança. Assim Ele deu-lhe uma ordem fácil, e disse: "Se tu fizeres o que eu te digo, eu te exaltarei a maiores honras; se não, tu perecerás miseravelmente".

O criado ouviu a ordem, e sem demora, a infringiu. Por que preciso dizer mais? Por que preciso retardá-lo com minhas palavras e lágrimas? Este criado orgulhoso, obstinado, altivo e inchado de vaidade, buscou uma desculpa para sua transgressão e colocou toda a culpa no seu Senhor. Pois quando ele disse: "A mulher que me deste para estar comigo, me enganou", ele jogou toda a culpa no seu Criador. O seu Senhor, mais bravo por tal conduta contumaz, do que pela transgressão da ordem, chamou quatro dos mais cruéis executores e ordenou que um deles o lançasse na prisão, que outro o estrangulas se, que o terceiro o decapitasse e que o quarto o afligisse com tormentos atrozes. Tão logo se oferecer ocasião, eu lhes darei o nome de cada um dos atormentadores.

Esses torturadores, estudando como pôr em execução a própria crueldade, levaram o miserável homem e começaram a afligi-lo com toda sorte de castigos. Mas uma das filhas do Rei. por nome Misericórdia, quando ouviu falar sobre este castigo do criado, correu apressadamente à prisão. Olhando para dentro e vendo o homem entregue aos atormentadores, não pôde deixar de ter compaixão dele, porque é sua característica ter misericórdia. Ela rasgou as roupas, bateu palmas e deixou o cabelo cair solto em torno do pescoço. Chorando e gritando, ela correu ao Pai e, ajoelhando-se diante dos seus pés, começou a dizer com voz séria e dolorosa: "Meu Pai amado, não sou eu tua filha Misericórdia? E tu não és chamado misericordioso? Se tu és misericordioso, tenha misericórdia de teu criado. Se tu não tens misericórdia dele, tu não podes ser chamado de misericordioso; e se tu não és misericordioso, tu não podes ter a mim, Misericórdia, como tua filha". Enquanto ela argumentava com o Pai, sua irmã, Verdade veio e perguntou por que Misericórdia estava chorando. "Sua irmã, Misericórdia", respondeu o Pai, "deseja que eu tenha piedade daquele transgressor orgulhoso, cujo castigo designei". A Verdade, quando ouviu isto, ficou muito irada e olhou duramente para o Pai. "Não sou eu", disse ela, "tua filha Verdade? Tu não és chamado verdadeiro? Não é verdade que tu estabeleceste uma punição para ele e o ameaçaste com a morte por tormentos? Se tu és verdadeiro, tu seguirás o que é verdadeiro: se tu não o seguires, tu não podes ser verdadeiro; se tu não és verdadeiro, tu não podes ter a mim, Verdade, como tua filha". Neste ponto, vocês percebem, "a Misericórdia e a Verdade se encontraram". A terceira irmã, isto é, a Justiça, ouvindo esta discussão, contenda, disputa e pleito, e convocada pelo clamor, começou a inquirir a causa da Verdade. E a Verdade, que só podia falar o que era verdadeiro, disse: "Esta nossa irmã, a Misericórdia, se é que ela deve ser chamada de irmã, visto que não concorda conosco, deseja que nosso Pai tenha piedade daquele transgressor orgulhoso". Então a Justiça, com um semblante bravo e meditando num desgosto que ela não tinha esperado, disse ao Pai: "Não sou eu a Justiça, tua filha? Tu não és chamado justo? Se tu és justo, tu exercerás justiça no transgressor; se tu não exerceres essa justiça, tu não podes ser justo; se tu não és justo, tu não podes ter a mim, Justiça, como tua filha". Então aqui estavam, de um lado, a Verdade e a Justiça, e de outro, a Misericórdia. A Paz fugiu para um país muito distante. Pois onde há discussão e contenda, não há paz; e quanto maior a contenda, para mais longe a Paz é afugentada.

Então, estando uma de suas filhas perdida, e as outras três em calorosa discussão, o Rei achou extremamente difícil encontrar uma maneira de determinar o que deveria fazer, ou para qual lado deveria inclinar-se. Pois se desse ouvidos à Misericórdia, Ele ofenderia a Verdade e a Justiça; se desse ouvidos à Verdade e à Justiça, não poderia ter Misericórdia por sua filha; e, não obstante, fazia-se necessário que Ele fosse misericordioso e justo, pacífico e verdadeiro. Havia grande necessidade de um bom conselho. Portanto, o Pai chamou seu Filho sábio, e o consultou sobre o assunto. Disse o Filho: "Dai-me, meu Pai, este presente assunto para conduzir, e eu castigarei o transgressor para ti, e trarei em paz para ti as tuas quatro filhas". "Estas são gran­des promessas', respondeu o Pai, "se a ação concordar com a palavra. Se tu podes fazer o que dizes, eu agirei como tu me exortares". Tendo recebido o mandato real, o Filho levou consigo sua irmã Misericórdia. "Pulando montanhas, ignorando colinas", eles chega ramà prisão, e "olhando pelas janelas, olhando pelas grades", viu o criado encarcerado, barrado da vida presente, devorado pela aflição, e "desde a planta do pé até ao alto da cabeça não havia nele nada são". Fie o viu no poder da morte, porque por ele a morte entrou no mundo. Ele o viu devorado, porque, quando um homem está morto, ele é comido pelos vermes. E porque agora tenho a oportunidade de lhes falar, vocês saberão os nomes dos quatro atormentadores. O primeiro, que o colocou na prisão, é a Prisão da vida presente, da qual se diz: "Ai de mim, que sou constrangido a morar em Meseque". O segundo, que o atormentou, é a Miséria do mundo, que nos ataca com todos os tipos de dor e miséria. O terceiro, que o estava matando, é a Morte, que destrói e a tudo mata; o quarto, que o estava devorando, é o Verme... Então, o Filho, vendo o seu criado entregue a estes quatro atormentadores, não pôde senão ter Misericórdia dele, porque a Misericórdia era sua companheira, e irrompendo na prisão da morte, "conquistou a morte, amarrou o homem forte, tomou os seus bens" e distribuiu os espólios. E, "subindo ao alto, levou cativo o cativeiro e deu dons aos homens". Ele trouxe de volta o criado ao seu país, o coroou com duplicada honra e o vestiu com uma roupa de imortalidade. Ao ver tal coisa, Misericórdia não teve mais base de reclamação. A Verdade não achou causa de descontentamento, por que seu Pai foi achado verdadeiro. O criado havia pago todas as penas. A Justiça, de igual modo, não reclamou, porque fora executa da a justiça no transgressor; e, assim, "aquele que tinha-se perdido, foi achado". A Paz, então, quando viu que suas irmàs estavam em concórdia, voltou e se uniu a elas. E agora, vejam que "a Misericórdia e a Verdade se encontraram; a Justiça e a Paz se beijaram". Assim, pelo Mediador dos homens e anjos, o homem foi purificado e reconciliado, e a centésima ovelha foi trazida de volta ao aprisco de Deus. A este aprisco Jesus nos traz, a quem seja a honra e o poder para sempre.

Amém.

Venerável Bede


fonte:

Grandes Sermões do Mundo

ClARENCE E. MACARTNEY

Editora:CPAD
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ÚLTIMA CHAMADA! URGENTE!

Copie URGENTE esta MATÉRIA e divulgue em seu BLOG!


ÚLTIMA CHAMADA! URGENTE!

Iniciamos o ano de 2010 com um DESAFIO:
Realizarmos o PRIMEIRO ENCONTRO DE EDITORES DE BLOGS APOLOGÉTICOS nos dias 12/13/14 de Março.

Este é um desafio que será representado pelo número de reservas que conseguirmos até o dia 18 de Janeiro, ou seja:
120 apartamentos ou 240 participantes no mínimo.

Após ultrapassarmos este número, os demais participantes, serão locados para outros hotéis da mesma rede e categoria, e bem acerca do hotel principal.

Os valores não serão debitados no cartão de crédito no ato da reserva, portanto, não existe a preocupação com prejuízos, mas a partir do dia 19 de Janeiro.

Se não completarmos o número de reservas, significará que ainda não estamos preparados para um encontro entre os editores de blogs. O Evento será cancelado e nenhum valor será debitado na conta do que já efetuou a sua reserva.

Vamos perder este desafio? Queremos mostrar para a mídia secular e evangélica que algo precisa mudar, e somente acontecerá com a sua decisão.  Você poderá ser um a mais ou um a menos! Portanto, não fique na indecisão!

Não será cobrado no Cartão de Crédito nenhum valor até o dia final do evento. Melhor impossível!

Existe um acordo com o hotel que nos permite, cancelar o evento até o dia 19 de Janeiro, bem como todas as reservas sem nenhum prejuízo para os participantes. O faremos se não houver interesse nas reservas até o dia 18 de Janeiro.

Está nas MÃOS DE CADA EDITOR DE BLOG E LEITORES, considerar uma grande oportunidade a realização deste evento. Não conseguiremos GRÁTIS o local do evento à nossa disposição com menos de 240 participantes, e assim, o cancelaremos.

A última palavra é sua. Portanto, colabore, ore, participe, divulgue e claro, faça já a sua reserva e após, nos envie pelo e-mail, a cópia ou o número da sua reserva:  eeba@editoresapologeticos.com  ou  pastor.newton@yahoo.com

Nós os que lutamos contra as heresias, devemos lutar para nos inscrever até o dia 18 de Janeiro. Não haverá reservas de última hora! A última hora haverá, somente quando completarmos 240 participantes até o dia 18 de Janeiro. Após completarmos 240 reservas, teremos a confirmação necessária à continuação das reservas sem cancelar o evento. Faça parte destes 240 primeiros participantes.

Informaremos no dia 19 de Janeiro se o evento foi cancelado ou não. A realização deste encontro depende de você que lê, ou edita blogs.

Será um grande encontro que revigorará os nossos corações e aprenderemos muito nesta oportunidade.

ATENÇÃO: COPIE ESTA MATÉRIA E DIVULGUE CONSTANTEMENTE. Envie e-mails e anuncie!

Após as confimações até o dia 18 de Janeiro, estaremos contacando as companhias aéreas e rodoviárias para conseguirmos desconto nas passagens. Orem por favor!

pr. Newton Carpintero  -  http://www.editoresapologeticos.com/   (Informações sobre reservas.)
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ENCONTRO OU DESENCONTRO?




“Mas o Espírito expressamente diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios”.
1 Tm 4:1



Introdução

O Encontro é Tremendo! Esta é a frase mais ouvida ultimamente nos salões dos templos evangélicos, sejam eles pentecostais ou tradicionais. O mais novo chavão evangélico pode ser visto em camisetas, adesivos para carros, painéis decorativos, e principalmente na ponta da língua de diversos crentes. Ecoa como um brado de vitória, como um grito de guerra, capaz de fazer o mais simples dos cristãos se transformar no Super-Homem do avivamento. Para os que ainda não foram atingidos por esta nova 'onda', trata-se do aspecto principal do Modelo dos Doze, a nova visão para a Igreja em Células, preconizado pelo Pr. César Castellanos Dominguez, da Colômbia.

Neste pequeno relato conto a minha experiência de participação deste evento chamado "Encontro", trazendo a público todas as suas principais características. Não fiz nenhum pacto com ninguém. Tenho o compromisso, como cristão, de trazer à luz , e desbaratar tudo o que se apresenta nocivo ao povo de Deus. O apego à Palavra de Deus, o discernimento, o equilibrio, e a observação, impediram o meu envolvimento emocional, o que permitiu a avaliação cuidadosa de cada um dos seus aspectos. Do mesmo modo, o meu amor ao Senhor e a meus irmãos me impediram de manter sigilo sobre as sutís e perigosas doutrinas que ali são ministradas. Jesus disse em Mateus 10:26 "Portanto, não os temais; porque nada há encoberto que não haja de ser descoberto, nem oculto que não haja de ser conhecido.". Espero que aqueles que estão tendo oportunidade de ler este relato possam, à luz da Palavra de Deus, refletir e tirar as conclusões devidas de cada ponto nele apresentado.


Antecedentes

Durante dias a Igreja da qual sou membro foi inundada e fortemente bombardeada pela frase "O ENCONTRO É TREMENDO". Alguns poucos irmãos, juntamente com os pastores da igreja, que já haviam participado deste Encontro, promovido por outras igrejas, foram os protagonistas de tão intensa e exaustiva afirmação. Esta frase martelou diariamente a cabeça de todos. A promessa de um encontro face a face com Deus aumentava mais e mais a expectativa. O segredo quanto ao seu conteúdo, guardado a sete chaves, o tornava mais atraente e desejado. Ainda seria necessário passar pelo Pré-encontro, o qual consistia de quatro palestras preparatórias. Durante estas palestras foi pedido a todos sigilo absoluto quanto a tudo que iriam ouvir e ver a partir daquele momento.


O Pré-Encontro

Este conjunto de palestras leva o participante a reconhecer sua realidade espiritual, seu estado atual de pecador, e sua condição como filho de Deus em Cristo Jesus. A estimulação para ir ao Encontro é constante em todas as palestras.


O Encontro

Chegou enfim o dia tão esperado. Fomos todos em um ônibus, em clima de grande euforia. No local destinado ao retiro fomos recepcionados com explosões de fogos de artifício. Um clima de grande festa. Recebemos diversas recomendações quanto ao comportamento, das quais a de maior impacto foi a proibição de comunicação interpessoal. Acreditem irmãos, a princípio eu achei ótimo.

A primeira palestra ministrada foi "O Peniel", cujo texto está em Gênesis 32:30. Fomos levados entender a experiência de Jacó. Após a ministração fomos levados a meditar sobre nossa real condição. Uma música de fundo era tocada enquanto éramos liberados para sair do auditório e procurar um lugar onde poderíamos ficar a sós com Deus. Foi um momento de muita comoção. Fomos liberados para chorar, gritar, urrar, sem se preocupar com nada ou ninguém. Os pecados deveriam ser confessados um a um, nome por nome, inclusive épocas em que ocorreram. Como desde o princípio, não creio que tenha que trazer à memória meu passado antes da minha conversão (II Cor. 5:17), eu decidi pensar na minha atual condição diante de Deus. Foi um bom momento de reflexão sobre minha vida. Creio na palavra em 1 João 1:9. Ao final voltamos todos para o auditório, eram mais ou menos meia-noite. Depois fomos jantar e em seguida dormir.

A segunda palestra, ministrada no sábado por volta das oito horas, foi acerca do que é o Encontro e quais os resultados obtidos após ele. É neste momento que o Encontro é enfatizado como algo que não pode ser jamais desprezado, pois de sua participação resultará a transformação de sua vida, a renovação de seu coração, sua capacitação para ser "um guia de multidões", além de receber definitivamente a fortaleza de Cristo. É enfatizado a necessidade de estarmos ali, separados de tudo e de todos, para termos este encontro com Deus. É usada a palavra em João 4:30 "Saíram, pois, da cidade e vinham ter com ele." para explicar o privilégio ímpar de estarmos ali. Foi esquadrinhada a Palavra em João 4:1-42 cujo resumo é : a mulher samaritana recebe a palavra, abre o coração, é liberta, e torna-se uma grande missionária. Após isso é enfatizada a importancia de ser um "sonhador". O texto utilizado é João 11:11-25. Interpretando o verso 12 é dito que muitos dos nossos sonhos estão mortos mas Jesus irá despertá-los. Enfatiza-se a linguagem dos sonhos, onde tudo que acontece no mundo natural tem que ser conquistado primeiramente no mundo sobrenatural. Após esta palestra, que durou cerca de duas horas, fomos tomar café.

A terceira palestra ministrada foi sobre Libertação (Quebra de maldição). Esta palestra começa com a afirmação que o crente pode ter uma atitude "demonizada", descrita em Efésios 4:27. Ao falarem de maldições citaram os textos de Deut. 11:26, Deut. 30:19, e Efésios 5:15-16. O preletor discorreu sobre o surgimento das maldições, enfatizando a realidade da maldição hereditária, e sua renúncia e quebra no Encontro, não importando se ela entrou através dos pais, avós, bisavós, etc. Comecei a achar que alguma coisa não ia bem, pois a Bíblia é clara em Ezequiel 18:20 quando diz "A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai levará a iniquidade do filho, A justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele.", além de várias outras passagens como Jeremias 31, Provérbios 3:33, 26:2, Gál 3:13, Colos. 2:14-15, Romanos 6:6-7, 2 Coríntios 5:17, João 8:36, dentre outros. Esta palestra demorou cerca de três horas. Ao final fomos liberados para almoçar, era cerca de três horas da tarde. Na porta do auditório interceptei o preletor e disse a ele que não concordava com o que havia sido dito sobre maldição, que como crente converso eu era nova criatura em Cristo Jesus, e que o fato de ter que voltar ao passado era uma forma de anular a Cruz de Cristo. O preletor ficou sem resposta.

Após o almoço fomos liberados para descansar um pouco. A partir daquele momento comecei a ficar incomodado com toda aquela situação. Comecei a relacionar os fatos, as palestras, os muitos depoimentos pessoais dos preletores, a participação da equipe de apoio, as músicas, etc. Senti como se tudo que já havia aprendido sobre a Cruz de Cristo não tivesse nenhum valor. Foi quando tive um impulso para buscar a Palavra de Deus. Enquanto todos descansavam eu comecei a estudar a Palavra. Escrevi quase duas páginas. Não tinha muito tempo, pois ainda precisava passar a limpo tudo que havia escrito. O que escrevi confirmou aquilo que penso acerca de minha salvação. Graças a Deus obtive esta luz. O que escrevi baseou-se resumidamente em : Colossenses 2:14-15, Romanos 8, Romanos 6, II Coríntios 5:17, Gálatas 6:17.

A quarta palestra ministrada foi sobre comportamento no encontro e a nova postura após ele. Não há muito o que falar sobre esta palestra senão o fato de relacionar a experiencia de Paulo com o Encontro. Paulo não conhecia o amor de Deus, rendeu-se diante do Encontro com Jesus, esteve três dias longe de tudo, quando ao final recebeu a grande comissão de Cristo. Bem sugestivo não? Relacionando com esta experiência temos : não conhecemos a Deus de fato; viemos para o Encontro onde ficamos longe de tudo; fomos libertos da cegueira.

A quinta palestra foi sobre "Cura Interior". O preletor inicia explicando a diferença entre espírito, alma, e corpo. Afirma que no plano da alma residem todas as feridas e traumas da vida. Relata uma lista grande de comportamentos causadores destas feridas. Ele discorre sobre todos as possíveis feridas emocionais e suas diversas causas. Relata alguns exemplos bíblicos tais como Moisés (língua pesada), Elias (incapacidade de enfrentar Jezabel), Mirian (complexo de inferioridade), os 10 espias (complexo de inferioridade). Após isso passou a ministrar a cura propriamente dita. Foi dito que para ser curado eram necessários dois passos : romper o domínio de Satanás, tomando posse do que já era nosso; e receber a cura de lembranças passadas. Em outras palavras foi dito para voltarmos ao passado e desenterrarmos de lá os detalhes mais sórdidos, desintulhando todo o lixo de que nos lembramos, jogando tudo fora. Neste ponto é pedido para declararmos uns aos outros "Estou aberto ao que Deus vai fazer em minha vida". Durante esta ministração foram afastadas todas as cadeiras do auditório. Foi posta uma música bem sugestiva, de adoração, e sem letra.

Este momento dividiu-se em três partes:

1) Fizemos uma regressão. Apagaram-se as luzes, foi pedido que visualizassemos o momento da fecundação, depois a formação no útero materno, depois o nascimento, depois a infância, depois a adolescência, etc. A visualização de cada fase foi detalhadamente solicitada, onde fomos instruídos a lembrarmos dos momentos difíceis, amargos, traumatizantes, etc. Em cada momento lembrado era pedido que visualizássemos Cristo conosco e que devíamos liberar perdão para as pessoas envolvidas.

2) Devíamos escolher um parceiro para o qual deveríamos confessar nossas dores. O preletor oferecia um tempo para cada um confessar ao outro, e ao final o ouvinte orava, conforme o modelo do preletor, declarando a cura sobre este irmão, e vice-versa. Após isso é ministrado a unção com óleo em cada participante. Quase todos os participantes caíram. O fenômeno do cai-cai se instalou. Eu particularmente não deixei que o preletor me ungisse com óleo. Após isso, todos em prantos, se abraçando e se consolando, é pedido que voltássemos aos lugares onde foi ministrada mais uma palestra sobre a Cruz de Cristo. Mais uma vez uma música de adoração tocou, as cadeiras foram novamente afastadas, e foi pedido que visualizássemos a vida de Jesus, desde o seu nascimento, apresentação no templo, crescimento, seu ministério de cura e libertação, sua paixão , sua traição, seu sofrimento vicário, os insultos, as chicotadas, os açoites, a dor de levar a cruz, a crucificação. Foi pedido que nos víssemos no meio da multidão que assistia a tudo, e ouviamos Jesus dizer que não foram os romanos e nem os judeus que o tinham crucificado, mas o fato dEle estar ali era por causa dos nossos pecados. Presenciávamos o grito do Salvador, a rendição do espírito, a multidão se retira, nós nos retirávamos também. Ficamos sabendo que Jesus havia ressuscitado. Foi pedido para que nos colocassemos debaixo da cruz para sentirmos o sangue de Cristo caindo sobre nós. Ressucitamos com Cristo, a morte e o pecado não tem mais domínio sobre nós. Após esse momento bradamos com gritos de vitória e abraçamo-nos unos aos outros.

3) Após tudo isso o preletor pede que peguemos um pedaço de papel e escrevessemos tudo o que o Espírito Santo nos lembrar de coisas ruins, pecados, traumas, etc. Além disso foi pedido para reunir que todo e qualquer objeto, que continha algum símbolo da Nova Era, ou outros objetos quaisquer que poderiam lembrar situações ruins, ou se relacionavam com atitudes ilícitas. Nesta hora fomos liberados para ir ao dormitório. Ao voltarmos fomos separados em grupos de doze, e de mãos dadas, fomos até uma grande fogueira onde lançamos tudo. Ao lançar os objetos e o pedaço de papel bradamos em alta voz : "Estão anulados todos os argumentos sobre minha vida". Confesso irmãos, que apesar de participar destes eventos, estava convicto de que nada disso era maior que a Cruz de Cristo em minha vida. Não confessei nada a ninguém, não fiz regressão, e não escrevi nada no papel, e muito menos queimei algum objeto. Simulei a minha participação para não provocar nenhum problema. Depois disso tudo, já eram quase uma hora da manhã, fomos jantar e dormir.

Como havia acontecido no sábado de manhã assim também foi no domingo. Fomos direto para o auditório assistir a sexta palestra, que foi sobre estilos de oração e a nova vida em Cristo. Interpelei o preletor e disse a ele que estava muito preocupado com o que fora ministrado no sábado, em relação a Libertação e Cura interior, e que gostaria de conversar detalhadamente depois sobre o assunto. Depois fomos tomar café da manhã por volta de nove e trinta.

A sétima palestra foi sobre o Modelo dos Doze, onde foram apresentados seus diversos aspectos. Não vou discorrer sobre este tema.

A última palestra foi sobre Batismo no Espírito Santo. O preletor discorreu sobre os propósitos do batismo no Espírito Santo, sobre os resultados, sobre as condições para recebê-lo, sobre as evidências, e sobre a necessidade de ser cheio do Espírito. Após isso começou o leilão do batismo. Este preletor era do tipo que empurrava a testa, ocasionando várias quedas. Dessa vez eu também não cai, graças a Deus, apesar de ter sido empurrado duas vezes.

Para finalizar ficamos no auditório, após a palestra, onde um momento surpresa nos esperava. Foi pedido que deitassemos com os olhos fechados. A medida que éramos chamados pelo nome levantávamos uma das mãos e recebíamos ao lado de nosso corpo um objeto. Quando todos receberam foi pedido que abríssemos os olhos e verificassemos o conteúdo. Foi, para mim, o melhor momento deste retiro. O objeto, um envelope, continha bombons, e vários cartões e fotografias enviadas pela minha esposa. Ela não economizou, escreveu muitos cartões. Montou um álbum com fotos de diversos momentos de nossa vida, tais como namoro, noivado, e casamento. Foi um momento de grande quebrantamento. Neste momento foi liberada a comunicação interpessoal, e todos se abraçaram e se confraternizaram.

Como podemos ver, muitas coisas boas aconteceram neste retiro. Não há dúvida que muitos de seus aspectos são inéditos. Agora nem por isso devemos fechar nossos olhos às sutilezas que foram ministradas juntamente com as coisas boas. Resumindo este Encontro eu diria que ele tem três principais objetivos : Quebra de Maldições (Libertação), Cura Interior, Batismo no Espírito Santo. Todos estes assuntos já foram bem abordados e discutidos em diversos livros. São temas que apresentam muita controvérsia. Cabe a cada um avaliar cada um destes temas, julgando-os à luz da Palavra de Deus. Eu particularmente não concordo com nenhuma das abordagens ministradas no Encontro. Creio ser uma forma muito sutil de negar a Cruz de Cristo. Como isso é apenas um relato de minha experiência não vou entrar em detalhes quanto à minha opinião.

É importante esclarecer também que durante todos estes dias de retiro fomos bombardeados com a frase : "O Encontro é Tremendo". As músicas "Eu quero é Deus" e "Na casa de meu Pai há unçao e há poder" foram exaustivamente tocadas. Os momentos de louvor eram altamente agitados, com pulos, danças aeróbicas, trenzinhos, onde os principais incentivadores eram os preletores e os irmãos da equipe de apoio.

O culto na igreja, realizado no mesmo dia do retono do retiro, é marcado por manifestações de euforia que chegam a passar dos limites da racionalidade. Gritos, pulos, danças aeróbicas, assovios, fazem parte da expressão de todos os participantes deste Encontro. As pessoas que ali estavam, tanto membros da igreja como visitantes ficavam sem entender o que estava acontecendo. Os Pastores esforçavam-se para explicar o fato dizendo que "estes irmãos tiveram um encontro face a face com Deus". Não houve ministração da Palavra, mas sim testemunhos dos participantes do Encontro. Muitos ficaram escandalizados, ao ponto de se retirarem.


5. O Pós-Encontro

Este conjunto de palestras objetiva a consolidação dos aspectos do Encontro. É marcado por muitos depoimentos daquilo que foi conquistado. Basicamente as palestras tratam da conservação daquilo que foi conseguido no Encontro (Libertação e Cura Interior), das defesas contra as retaliações de Satanás, e de como posso deter as investidas do inimigo. O fatores "cobertura espiritual" e "obediência e submissão" são muito enfatizados. Chegam a dizer que a obediência aos Pastores é a nossa legalidade contra Satanás. Eu não creio nisso, ao contrário eu creio que a Cruz de Cristo é a nossa legalidade. E vou além em dizer que obediência e submissão não é imposta e sim conquistada através da Palavra de Deus, assim como lemos em I Pedro 5:2 "Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, não por força, mas espontaneamente segundo a vontade de Deus; nem por torpe ganância, mas de boa vontade;". Ao final de tudo somos encorajados a participar da "Escola de Líderes", outro aspecto desse Modelo dos Doze, e a participarmos como equipe de apoio em outros retiros. Mais uma vez é reforçada a manutenção do silêncio absoluto quanto ao conteúdo do Encontro. Após a última palestra fomos convidados a participar da "queima de arquivo". Uma reunião, no sábado seguinte, para queimarmos na fogueira os objetos remanescentes. Deste evento eu não participei.


6. Conclusão

Depois de passar por todos estes eventos, e perceber distorções da Palavra de Deus e enganos sutís, fui compelido a pesquisar sobre cada assunto. Confesso que o que encontrei, juntando com aquilo que já sabia, me deixou muito preocupado com o rumo que as igrejas evangélicas, principalmente as renovadas, estão tomando. Muitas doutrinas estranhas ao Cristianismo estão sendo sutilmente injetadas. Muitos pastores e líderes na ânsia de verem suas igrejas crescerem e serem avivadas estão adotando métodos e técnicas estranhas sem uma criteriosa investigação de seus aspectos, muitas vezes ocultos. Muitas destas técnicas trazem em suas entranhas práticas encontradas no espiritismo. Devemos ter muito cuidado com as "novidades" que aparecem, e com os profetas de última hora que trazem as revelações emergenciais de Deus. Paulo já advertia em Gálatas 1:8 "Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema.". Deus não sofre de processo de continuidade. Aquilo que Ele fez em Cristo Jesus é perfeito e não necessita de retoques, e de que nada lhe seja tirado ou acrescentado. A origem de seitas heréticas decorre desta tentativa. Jesus Cristo também advertiu em Mateus 24:24 "porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.". A vinda do AntiCristo seria precedida por engano e apostasia. Paulo diz em II Tessalonicenses 2:9 "a esse iníquo cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás com todo o poder e sinais e prodígios de mentira,". Por isso irmãos precisamos ser atalaias, sempre atentos. Devemos examinar tudo, provar tudo, como em I João 4:1 "Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos vêm de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo.", assim como em I Tessalonicenses 5:21 "mas ponde tudo à prova...", assim também como em I Coríntios 2:13 "...comparando coisas espirituais com espirituais.". Temos que ser como os bereanos em Atos 17:11 "Ora, estes eram mais nobres do que os de Tessalônica, porque receberam a palavra com toda avidez, examinando diariamente as Escrituras para ver se estas coisas eram assim.". Temos a Bíblia, que é a Palavra de Deus, como referência única e verdadeira. Que este opúsculo possa servir de alerta aos meus irmãos em Cristo, como é dito em Tito 1:9 "retendo firme a palavra fiel, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para exortar na sã doutrina como para convencer os contradizentes.




Roberto César Alves do Nascimento
roberto.cesar@bol.com.br
solascriptura-tt.org/Seitas/Pentecostalismo
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