Tentando Tirar Jesus do Trono




As Escrituras claramente afirmam a soberania de Jesus Cristo.
Daniel disse que o reino dele “não será jamais destruído; este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos estes reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre” (Daniel 2:44).


Em outra profecia messiânica, Daniel disse sobre Jesus: “Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído” (Daniel 7:14). As profecias de Daniel se referem ao reino de Cristo que seria estabelecido durante o período do império romano. Foi neste período histórico que João Batista apareceu pregando: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (Mateus 3:2). Jesus pregou exatamente a mesma mensagem (Mateus 4:17). Poucos anos depois, tendo cumprido a sua missão, Jesus afirmou: “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra” (Mateus 28:18).

As palavras dos apóstolos e outros escritores do Novo Testamento reforçam a afirmação de Jesus. Pedro pregou sobre a autoridade absoluta do Messias quando disse no Pentecostes: “Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo” (Atos 2:36). O autor de Hebreus completou o relato, dizendo que Jesus, “depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se a direita da Majestade, nas alturas” (Hebreus 1:3). Paulo disse que Jesus reina sobre todos, exceto o próprio Pai (1 Coríntios 15:27). Quando escreveu aos colossenses, disse que o reino já existia e que os santos fiéis faziam parte dele: “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” (Colossenses 1:13). João descreveu Jesus como “o Soberano dos reis da terra” (Apocalipse 1:5) e como “Rei dos reis e Senhor dos senhores” (Apocalipse 19:16).

A conclusão inegável de um estudo cuidadoso da Bíblia é que Jesus reina com autoridade absoluta sobre todos os homens. Por este motivo, devemos nos submeter voluntariamente em obediência à palavra dele.

É triste observar que muitas pessoas, de várias maneiras, tentam tirar Jesus do trono, negando a autoridade total dele. Digo “tentam tirar” porque, de fato, nenhum homem seria capaz de tirar o Ungido da posição que lhe foi dada pelo Pai (Salmo 2:1-6). Independente das atitudes dos homens, Jesus é o Soberano.

Para não cair nas armadilhas do Adversário, devemos estar atentos às táticas daqueles que opõem-se a Cristo, tentando tirá-lo do trono. Vamos considerar alguns exemplos.


Como os homens tentam tirar Jesus do trono:

1. Negar o reino atual. Deus deu tanta certeza na profecia de Salmo 2 que falou do futuro como se já tivesse acontecido: “Eu, porém, constituí o meu Rei sobre o meu santo monte Sião. Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei” (Salmo 2:6-7). Este trecho é citado várias vezes no Novo Testamento para descrever a exaltação de Jesus depois de completar a sua missão aqui na Terra (Atos 13:32-37; Hebreus 1:3-8; 5:5; cf. Romanos 1:1-6). Jesus disse que o reino estava próximo (Mateus 4:17; Marcos 9:1), e Paulo afirmou que ele já existia na época apostólica (Colossenses 1:13).

Mas muitos religiosos, hoje, negam o reino atual de Jesus. Aguardam o reino ser estabelecido aqui na Terra numa data futura. Embora a Bíblia nunca dissesse que Jesus pisaria outra vez na Terra, estes professores inventam doutrinas especulativas que defendem a idéia de um reino terrestre de Jesus – no futuro!

2. Negar a unidade e a autoridade universal do evangelho. É comum ouvir alguém tentar dividir os ensinamentos do Novo Testamento em duas ou mais categorias. Alguns dizem que devemos cumprir as palavras de Jesus, mas que não precisamos nos importar com as instruções dos apóstolos. Outros deixam as palavras de Jesus na época da Lei do Antigo Testamento, dizendo que o importante é respeitar as palavras de Paulo e outros apóstolos. Assim, alegam ter encontrado divergências entre o ensinamento de Jesus e o dos apóstolos. Quando examinamos as Escrituras, percebemos que ambas abordagens são erradas.

A doutrina ensinada por Jesus e a doutrina ensinada pelos apóstolos é o mesmo e único evangelho, a palavra de Deus para todos. Jesus mandou que os apóstolos ensinassem as pessoas de todas as nações “a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado” (Mateus 28:20). Paulo falou “do evangelho” e disse que ele “é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego” (Romanos 1:16). O mesmo apóstolo disse que Deus chamou todos os homens, em toda parte, ao arrependimento (Atos 17:30). Ele disse que a mensagem que ele pregava era “o evangelho de Cristo” (Gálatas 1:7-9). Judas disse que a fé – não duas palavras diferentes – foi uma vez por todas entregue aos santos (Judas 3). O autor de Hebreus falou que a mesma palavra da salvação anunciada por Jesus foi confirmada pelos apóstolos (Hebreus 2:3-4).

Alguns acham conveniente tentar separar as palavras de Jesus das dos apóstolos, procurando brechas para defender seus atos pecaminosos. Por exemplo, muitos dizem que as palavras de Jesus em Lucas 16:18 ou Mateus 19:4-9 não aplicam a todos. Querem justificar o adultério de pessoas que não respeitam as palavras do Criador e Senhor em relação ao casamento, sugerindo que os descrentes não estão sujeitos à lei de Deus sobre o casamento. Mas Jesus usou linguagem universal para ensinar sobre princípios que aplicam a todos os homens. Não temos direito de diminuir o impacto da palavra do Rei dos reis para acomodar as tendências de uma sociedade adúltera.

3. Negar a finalidade e a suficiência das Escrituras. Passagens já citadas mostram que a palavra foi revelada uma vez por todas, e que nós não temos direito de modificá-la (Gálatas 1:6-9; Judas 3). Pedro disse que a palavra revelada no primeiro século já incluía “todas as coisas que conduzem à vida e à piedade” (2 Pedro 1:3). Paulo disse que as Escrituras são suficientes para “que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2 Timóteo 3:16-17). Não precisamos de novas revelações ou de doutrinas atualizadas, e não devemos aceitar nenhuma modificação da mensagem das Escrituras.

Várias igrejas e movimentos, porém, negam este princípio da suficiência das Escrituras. Ao longo da História, a igreja católica vem acrescentando novas doutrinas, dizendo que Deus deu à igreja a autoridade para atualizar a Verdade. Mas, este erro não se limita aos católicos. A maior parte das igrejas evangélicas, especialmente aquelas que participam dos movimentos pentecostais e carismáticos, também acredita em outras revelações que vão além da palavra das Escrituras.

Paulo ensinou, porém, que não ultrapassássemos a palavra escrita (1 Coríntios 4:6). João foi mais forte ainda, dizendo que aquele que não permanece na doutrina de Cristo não tem Deus (2 João 9). Claramente, devemos estar contentes com a palavra já revelada nas Escrituras.

4. Passar a palavra de Deus pela peneira da sabedoria humana. Algumas instruções bíblicas são chocantes, especialmente para pessoas muito influenciadas pelas tendências da sociedade atual. Muitas pessoas se acham capazes de decidir o que Deus queria dizer, mesmo quando ele disse outra coisa! Por exemplo, Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, escreveu: “Como em todas as igrejas dos santos, conservem-se as mulheres caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar...” (1 Coríntios 14:33-34). Em outros lugares, ele condenou relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo (Romanos 1:26-27; 1 Coríntios 6:9). Hoje, a nossa sociedade rebela contra restrições deste tipo, e alguns acusam Paulo de machismo ou de homofobia. Querem passar o ensinamento de Deus pela peneira do pensamento atual de homens. Tentam, em vão, tirar Jesus do trono. Se queremos conhecer a mente de Cristo, precisamos ouvir as palavras reveladas pelo Espírito Santo nas Escrituras (1 Coríntios 2:11-16).

5. Aceitar o ecumenismo. O espírito ecumênico, tão difundido e elogiado na cultura atual, contraria os princípios ensinados pelo Rei. O evangelho de Jesus não é apenas uma entre várias filosofias boas. O serviço a Cristo não é apenas um de vários caminhos válidos para a vida, a felicidade ou a salvação. Fora de Jesus Cristo, não há nenhuma possibilidade da salvação eterna (Atos 4:12). Este fato ofende judeus, budistas, muçulmanos, hinduístas e outros, mas a aceitação deste fato é a única esperança das mesmas pessoas. O ecumenismo procura minimizar ou negar diferenças entre a vida e a morte, tentando tirar Jesus do trono!

6. Desobedecer a Deus na própria vida. Muitas pessoas não procuram argumentos doutrinários ou filosofias complicadas para tentar tirar o Rei do trono. Podem até falar da sua fé e dizer que Jesus é o Senhor. Mas quando, na prática, vivem conforme a sua própria vontade e não se submetem à vontade de Cristo, estão tentando tirar Jesus do seu trono. Quando ele proibe a mentira e nós mentimos, negamos a autoridade dele na nossa vida (Efésios 4:25). Quando ele condena o adultério e nós o praticamos, negamos o domínio dele sobre nós (Hebreus 13:4). Quando ele exige o sacrifício total do discípulo, e nós procuramos um jeito de reter uma parte da nossa vida para nossos propósitos egoístas, tentamos tirar o Rei da sua posição de soberania (Romanos 12:1-2; Gálatas 2:19-20).


Conclusão

Jesus é o Rei. Ele tem toda autoridade. Os homens podem negar a autoridade dele ou se rebelar contra a palavra do Senhor, mas “a palavra do Senhor... permanece eternamente” (1 Pedro 1:25). Jesus é o Soberano Senhor e Cristo!

por Dennis Allan
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