O Plano de Salvação - A História da Redenção


"Temos apenas uma chance em toda a nossa vida; portanto, agarre-se a ela com todo o entusiasmo que você tiver."

Éisto tudo o que há? Como cristão, estou perdendo alguma coisa valiosa? Há alguns prazeres neste mundo que eu não possuo. Se isto for tudo o que espero, então, como disse Paulo, sou o mais infeliz de todos os homens (1 Coríntios 15:19)

Mas, há uma outra forma de olharmos a vida sob o sol. Esta nem é a "vida" verdadeira. Este é apenas um breve período de experiência, para comprovar se eu posso ter o privilégio de viver no céu, com o próprio Deus, por toda a eternidade. Jesus antecipou-se em preparar mansões para os que passarem na prova (João 14:1-3). Ainda que eu viva noventa anos ou mais, aqui, este é apenas um prazo curto, comparado com a totalidade das coisas. "Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa" (Tiago 4:13-15).

Abraão teve esta visão da vida na terra. Eis porque pôde deixar seu lar e sua parentela e ir para uma terra que Deus lhe indicaria. Estava buscando uma cidade cujo arquiteto e edificador é Deus (Hebreus 11:8-10). Eis porque Moisés pôde abandonar a honra de ser chamado o filho da filha do Faraó. Ele pôde ver que as riquezas que Deus oferece aos justos, como recompensa, são muito maiores do que quaisquer breves prazeres que o pecado pode oferecer aqui neste mundo (Hebreus 11:24-26).

Eis porque Paulo pôde rejubilar-se em uma prisão romana, enfrentando a morte por sua fé em Cristo. Ele era humano. Não queria a dor do sofrimento, mas viu uma coroa guardada para ele, fazendo com que qualquer sofrimento atual parecesse ser apenas momentâneo (2 Timóteo 4:6-8).

Mesmo uma pessoa feliz e despreocupada tem problemas: dor, doença, tristeza, receio, etc. Eu, como cristão, posso compartilhar a maior parte das alegrias deste mundo. Sempre há uma saída legítima para todo desejo físico que eu tiver. Eu, também, tenho problemas, porque sou um ser humano. Mas, ao invés de ser o mais infeliz dos homens, o cristão é aquele que deve ser invejado.

O cristão pode olhar para a verdadeira "vida", onde nenhum problema existirá. De fato, temos uma âncora para nossa alma (Hebreus 6:19). O que o cristão tem para se preocupar com condições aqui? O que importa se as coisas são obscuras, se eu tenho a esperança que faz com que valha a pena resistir a qualquer coisa, nestes breves anos, para viver na eternidade com Deus ?

Mas, como pode alguém ter esta esperança? Como ela surgiu? A Bíblia nos diz. Ela não é uma série de histórias desconexas, do tipo "era uma vez . . . ." É a revelação do belo e eterno plano que Deus fez para a redenção da humanidade.

Deus fez o homem. O homem é um ser que raciocina, feito à imagem de Deus. Tem ele a capacidade de escolher o que será. Como Criador do homem, Deus entende e atendeu a todas as necessidades do homem. Concebeu o homem para ser o mais feliz como um companheiro de Deus.

Deus ofereceu ao homem a oportunidade de tal companhia na terra, no Jardim do Éden, onde ele andava com o homem no frescor da noite. Entretanto, o homem abandonou este privilégio por sua própria e livre vontade, ao optar por ouvir o conselho do diabo.

Deus tinha se preparado para a escolha do homem. Ele já tinha um plano para a redenção do homem (Éfesios 3:11). O homem não mais poderia compartilhar a companhia de Deus aqui, porque o pecado separa o homem de Deus. Então, Deus ofereceu ao homem uma bênção muito maior, a oportunidade de viver para sempre com ele, no céu.

Todavia, há determinadas condições, que o homem deve cumprir. Nenhum homem é forçado a servir a Deus. Mas, a oportunidade maravilhosa é oferecida a todos, desde que aceitem as condições de Deus.

Que condições Deus poderia impor? Como Deus poderia determinar quem poderia ter esta vida? Ele poderia, com justiça, condenar toda a humanidade, porque todos os homens pecaram (Romanos 3:23) e o salário do pecado é a morte (Romanos 6:23). Entretanto, Deus ama o homem e preferiria que ninguém perecesse (2 Pedro 3:9). Talvez ele pudesse salvar toda a humanidade, não importando o quanto corrompida, mas isto não se daria, porque Deus não pode tolerar a iniqüidade (Isaías 59:1-2). Talvez ele pudesse salvar arbitrariamente alguns e condenar a outros, mas Deus não faz acepção de pessoas (Atos 10:34).

Portanto, Deus mesmo determinou pagar o preço do pecado. Desta forma, o amor de Deus pelo homem poderia ser manifestado, ao oferecer ao homem a oportunidade da salvação. Ao mesmo tempo, a justiça de Deus poderia ser satisfeita pelo preço pago pelo pecado.

O homem, por si próprio, não poderia pagar o preço. Cada pessoa que tenha vivido bastante para ser responsável perante Deus tem pecado. Adão pecou no Éden. Noé foi salvo na arca, porque era justo, mas plantou mais tarde uma vinha e embriagou-se com vinho. Abraão é chamado o pai da fé, mas mentiu em pelo menos duas ocasiões. Davi foi um homem segundo o coração de Deus, mas cometeu adultério e assassinato. Cada homem teria que morrer pelos seus próprios pecados, encerrando assim a continuidade da companhia de Deus.

Mas, como poderia Deus pagar o preço pelo pecado do homem? A morte é o preço que Deus estabeleceu (Gênesis 2:17; Romanos 6:23). Mas a Divindade, como Divindade, não pode morrer. Portanto, o plano de Deus foi enviar a Divindade, a Palavra eterna, à terra, em forma humana, como seu Filho. Seu Filho mostraria ao homem como deve ser o ser humano perfeito. Então, aquele Filho, como Divindade em forma humana, morreria para pagar o preço dos pecados dos homens.

O homem não percebeu a necessidade de tal preço, quando foi expulso do Paraíso. Toda a Bíblia mostra ao homem quão fracos eram seus próprios esforços para sua própria salvação. O homem é deixado com uma só conclusão: não há esperança alguma, sem Deus!

Não podemos responder a pergunta sobre por que Deus chegou a criar o homem. Não podemos saber, igualmente, porque ele amou o homem o bastante para oferecer-lhe a chance de viver no Paraíso. Todavia, podemos ver o maravilhoso plano, que ele revela na Bíblia para nós. Que direito tenho eu, como um homem insignificante, de contestar suas condições, quando ele me oferece tal recompensa?

A História da Redenção

"No princípio. . . ." Volte comigo a este tempo. Não havia mundo, não havia universo, não havia vida física, não havia substância física, e não havia tempo. A eternidade não tem princípio nem fim. O que existia? Como foi que tudo o que conhecemos chegou a existir? O que tudo isto significa?

Havia três seres em existência, que eram perenes como a própria eternidade: Jeová, o Verbo, e o Espírito Santo. Estes Seres separados, não obstante, são um só em propósito, em virtude e em divindade. Eles compõem tudo o que é Divino.

Em algum tempo Snão temos idéia de quando, ou por quêS seres celestiais menores foram criados. Lemos sobre as inumeráveis hostes de anjos (Apocalipse 5:11), de serafins (Isaías 6:2) e querubins (Gênesis 3:24) e outras criaturas celestiais, ao redor do trono de Deus (Apocalipse 4). Em algum tempo, alguns destes seres celestiais cometeram pecado (2 Pedro 2:4). Uma vez mais, não sabemos a razão. Estes assuntos constituem as coisas encobertas, que pertencem a Deus. Um local de punição, terrível além de nossa compreensão, foi preparado para estes seres corrompidos (Mateus 25:41). Foram entregues "a abismos de trevas, reservando-os para juízo" (2 Pedro 2:4). Estes seres celestiais são mais poderosos que o homem, mas, como seres criados, são muito inferiores a Deus, o Criador.

"No princípio", Deus falou e o universo físico foi criado. Começou então a pôr vida na terra. Em primeiro lugar vieram as plantas, então os peixes, as aves e os animais da terra. O processo da criação não estava ainda completo, porque não havia ainda vida que pudesse entender ou compartilhar a companhia de Deus. Por isso, foi criado o homem. "Façamos o homem à nossa imagem..." (Gênesis 1:26). O homem não é como Deus, em aparência ou poder. O homem é como Deus porque pode raciocinar e tem uma alma em seu interior, que jamais deixará de existir.

Deus colocou Adão e Eva num jardim de beleza, muito melhor do que os que podemos encontrar hoje. Era uma terra nova, não poluída. Toda planta desejável estava lá. Não havia cardos nem abrolhos. Não havia dor nem tristeza. Não havia ansiedade nem temor. Adão e Eva tinham acesso à Árvore da Vida, de forma que jamais morreriam. E o melhor de tudo, tinham a companhia do próprio Deus (Gênesis 3:8).

Entretanto, Deus não desejava uma criatura que vivesse em sua companhia simplesmente porque não havia nada mais que pudesse fazer. Neste caso, o homem não seria mais do que um robô programado para adorar a Deus e incapaz de qualquer outra coisa. Então, Deus deu-lhe um mandamento. Adão e Eva estavam proibidos de comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal.

Havia alimento em abundância, por isso a fome não os encorajou a comerem do fruto proibido. O jardim do Éden era tão grande que corriam quatro rios através dele, por isso, não havia nenhuma razão para a tentação estar constantemente diante seus olhos. Mas a humanidade é fraca. Quando a serpente tentou Eva, esta foi enganada e comeu do fruto proibido. Deu-a a Adão e ele também a comeu.

Agora conheciam a vergonha, a culpa e o medo. Deus deu a cada um dos culpados uma maldição: dor, tristeza, problemas, espinhos, a morte, a separação da árvore da vida e, pior de tudo, a separação da companhia de Deus.

Seu pecado não foi surpresa para Deus. Ele sabia, antes da criação, que o homem seria fraco, e havia se preparado para a queda do homem. Deus já havia planejado como o homem poderia ser salvo. Adão e Eva desistiram da oportunidade de felicidade completa nesta terra. Deus começou o longo processo de revelação de seu plano sobre como o homem poderia viver para sempre com ele, desde que aceitasse as suas condições.

Mesmo com esta primeira maldição, Deus deu o primeiro vislumbre de esperança de um dia quando alguém da descendência da mulher feriria a cabeça da serpente (Gênesis 3:15). A maldade triunfou neste dia com Adão e Eva, mas algum dia o homem triunfaria por aquele que Deus enviaria para completar o seu plano.

Deus jamais se esqueceu por um só momento de seu propósito. Muitos, muitos anos se passaram desde o dia em que Adão pecou. As pessoas que viveram não podem ser contadas. A Bíblia nos conta apenas de alguns da vasta multidão que viveu, porque são aqueles através dos quais ele revelou o seu plano.
Adão viveu 930 anos e teve muitos filhos e filhas. A Bíblia nos conta uma história sobre Caim e Abel, dois de seus filhos. Você se lembra como Caim tornou-se irado e matou seu irmão, porque o sacrifício de Abel foi aceitável a Deus e o de Caim não foi. A morte de Abel apagou o seu nome e ele não teve mais participação na revelação do plano de Deus. Deus reservou o espaço na última parte de Gênesis 4 para dizer, com brevidade, o que ocorreu a Caim, e então a sua família é esquecida.

Adão teve outro filho, Sete. Nada nos foi dito sobre ele, exceto que foi através de sua família que a história se desenvolveu. Aproximadamente o mesmo número de anos se transcorrem durante os primeiros cinco capítulos de Gênesis como em todo o restante da Bíblia. Deus não nos diz praticamente nada sobre este período, porque não é importante para seu propósito. As pessoas viviam tipicamente 900 ou mais anos. Dez gerações se passaram. Um homem nesta linha foi chamado Enoque. Era justo e Deus o abençoou abundantemente, ao tomá-lo para o céu sem que ele morresse.

O capítulo 6 inicia-se com uma cena de iniqüidade em toda parte da terra. O homem não mais poderia designar planos justos. Deus decidiu destruir o homem, exceto o justo Noé e sua família. Noé aceitou a graça de Deus e assumiu a oferta de escapar. Noé e sua esposa, seus três filhos e suas esposas, e dois de cada forma de vida animal sobreviveram na arca.

Estamos agora de volta a uma família. Mas agora, há três filhos e nenhum historiador humano poderia ter sabido, neste ponto, qual filho seguir. Mas, Deus guiou o autor para tratar com brevidade os descendentes de Cam e Jafé antes de retornar à linha através de Sem. Tratou com brevidade das nações que vieram através de Cam e Jafé, mas somente quando se relacionam com os descendentes de Sem.

Muitas, muitas pessoas vieram através de Sem, mas a narrativa divina estreita ainda mais a história.

Anos se passaram. Os homens não mais viveram por tanto tempo. Em breve, duzentos ou menos anos constituia uma vida longa.

Cerca de nove gerações se passaram desde Noé e chegamos a um homem denominado Terá, que vivia em Ur, na Caldéia. Havia três filhos em sua família, também: Naor, Abrão, e Harã. Harã morreu enquanto ainda estavam em Ur e a história acompanha seu filho Ló com brevidade porque ele viajou com Abrão, a personagem mais importante.

Deus chamou Abrão (ou Abraão, como seu nome veio a tornar-se) e mandou que ele deixasse sua parentela e fosse para uma terra que lhe seria indicada. Abraão obedeceu e foi dirigido à pequena terra de Canaã. Uma tripla promessa foi feita a ele. Foi dito que seus descendentes seriam uma grande nação, que esta nação herdaria a terra de Canaã, e, através de sua semente, todas as famílias da terra seriam abençoadas (Gênesis 12:1-7). O resto da Bíblia é a história do cumprimento destas três promessas.

Até esta parte da história, Deus havia revelado somente uma pequena parte de seu plano para a redenção do homem. Sabemos que alguém virá que triunfará sobre Satanás (Gênesis 3:15). Sabemos agora que este alguém virá da nação composta pelos descendentes de Abraão e que todas as nações serão abençoadas pela sua vinda (Gênesis 12:2-3).

A esposa de Abraão era estéril e por isso eles tentaram ajudar Deus a cumprir sua promessa, tendo um filho através de Hagar, a serva. Ismael nasceu. Abraão teve posteriormente seis outros filhos com Quetura, uma outra serva. Estes foram abençoados porque eram filhos de Abraão, mas não eram a semente prometida. Finalmente, através de um milagre, Isaque nasceu quando seu pai já tinha 100 anos.

Quando Isaque se tornou o chefe da família, Deus repetiu a tripla promessa: a Terra, a Nação e a Promessa Espiritual. Através de sua semente todas as nações seriam abençoadas (Gênesis 26:2-4).

Isaque teve dois filhos, Esaú e Jacó. Mesmo antes de seu nascimento, Deus disse que Jacó seria o maior. Os descendentes de Esaú tornaram-se a nação de Edomitas. Mas foi para Jacó que a tripla promessa foi repetida. Ele receberia a terra. Seus descendentes formariam uma grande nação. Através de seus descendentes todas as famílias da terra seriam abençoadas (Gênesis 28:13-14).

O espaço não nos permite mencionar os detalhes da vida de Jacó. Basta dizer que Jacó teve 12 filhos. Jacó amou a José, seu penúltimo filho, o melhor, e mostrou sua preferência. Os outros irmãos ficaram enciumados e venderam-no, como escravo, no Egito. Lá José serviu como escravo de Potifar. Levantou-se uma calúnia contra ele e por isso foi lançado na prisão. O tempo passou e ele interpretou os sonhos do Faraó, e tornou-se poderoso em todo o Egito, abaixo apenas do Faraó. Conforme ele próprio disse, ele estava no Egito para ajudar a salvar a vida durante um período de fome de sete anos (Gênesis 45:4-8). Você se lembra como os irmãos vieram, foram testados e finalmente souberam da identidade de José. José providenciou para que trouxessem toda sua família para o Egito. Havia 75 pessoas na família, nesta ocasião, muito longe ainda de uma nação.

Quando Jacó se deitou em seu leito de morte, chamou seus filhos e deu a cada um uma bênção. Esses filhos formariam as tribos que comporiam a nação de Israel (o nome Israel foi dado a Jacó quando ele lutou com um anjo). Foi para Judá, seu quarto filho, que ele fez uma profecia especial. O cetro (o sinal da soberania) não sairia da família de Judá, até que Siló Saquela pessoa especialS viesse (Gênesis 49:10).

Deus agora revelou esta parte de seu plano: Alguém virá para triunfar sobre Satanás. Ele abençoará todas as famílias da terra. Virá através da semente de Abraão, através de Isaque, através de Jacó e através de Judá. Reinará. Sabemos mais do que quando Adão pecou mas entendemos ainda muito pouco sobre o total próposito de Deus (ver Gênesis 3:15; 12:1-3; 26:2-4; 28:13-14; 49:10).

O livro de Gênesis encerra-se com a expressão confiante de José, aos seus irmãos, de que chegaria o dia em que Deus levaria o povo de volta a Canaã.

Muitos anos se passam antes da cortina levantar-se novamente. Tem Deus se esquecido?

A cena parece obscura, à medida que o Êxodo se inicia. Agora são talvez três milhões de pessoas denominadas israelitas ou hebreus (posteriormente chamados judeus). Um Faraó havia se levantado que não conheceu José. Ele temia este vasto grupo de pessoas estrangeiras em seu país, e os afligiu, tornando-os escravos. Eles multiplicaram-se mais rapidamente. Tentou destruir os possíveis soldados, ao ordenar a matança de todos os meninos.

Nesta ocasião nasceu um menino. Sua mãe o escondeu durante três meses e então o colocou entre as canas nas margens do Rio Nilo. Ele foi achado pela filha do Faraó, que lhe deu o nome de Moisés.. Por quarenta anos ele foi instruído como se fosse filho da filha do Faraó. Sua própria mãe foi contratada para cuidar dele de forma que ele se desenvolveu desde a infância conhecendo a angústia de seu povo.

Com quarenta anos Moisés decidiu salvar seu povo; mas Deus tinha outro plano. Moisés matou um egípcio e teve que fugir para salvar sua vida. Nos próximos quarenta anos trabalhou como pastor em Midiã. Então, um dia, Deus apareceu a Moisés em uma sarça ardente e deu-lhe o encargo de voltar ao Egito para salvar os Israelitas.

Uma vez mais o espaço proíbe quaisquer detalhes. Como você se lembra, o Faraó recusou soltar o povo. Deus mostrou seu poder sobre a mais poderosa das nações da época, ao enviar dez terríveis pragas, até que os egípcios realmente rogaram aos Israelitas para sairem.

Ao invés de dirigir as pessoas diretamente à terra de Canaã, Deus orientou-os para o sudeste, para o Monte Sinai. Lá ele fez uma aliança com eles. Prometeu-lhes ser o seu Deus e deixar que fossem o seu povo, se obedecessem a ele e cumprissem os seus mandamentos. O povo desejava as bençãos de Deus e rapidamente concordou com a aliança. Deus lhes deu uma lei que especificava exatamente como deviam viver como o povo que ele tinha escolhido.

Até esta data, Deus havia falado diretamente aos pais de famílias fiéis. Este sistema (denominado sistema patriarcal) continuou com todos os povos exceto com este grupo especial congregado no Monte Sinai. Deus estava preparando um povo especial para estar pronto para a conclusão de seu plano.

Deus demonstrou seu poder e proteção ao seu povo de todas as formas concebíveis. Alimentou-os quando estavam famintos. Deu-lhes água tirada das pedras. Afugentou seus inimigos. Protegeu-os como um pai protege seu filho (Oséias 11:1).

Mas, o povo não cumpriu sua parte da aliança. Dentro de seis semanas desde o acordo de obedecer a Deus e cumprir os seus mandamentos, construíram um bezerro de ouro para adoração. Murmuraram quando estavam com sede. Queixaram-se com relação ao maná que Deus havia dado para seu alimento. Mesmo quando haviam atingido a fronteira de Canaã, foram covardes para prosseguir conforme Deus havia ordenado. Enviaram doze espiões para o país. Dez voltaram e declararam que a tarefa seria por demais difícil. Somente Josué e Calebe confiaram no poder de Deus. O povo foi forçado a retroceder para vagar por 40 anos no deserto, até que cada soldado acima de vinte anos de idade morresse exceto Josué e Calebe.

Os livros de Êxodo, Levítico, e Números dão a lei de Moisés com detalhes e dizem dos eventos importantes durante esses quarenta anos. Até mesmo Moisés desobedeceu a Deus, em uma ocasião, de forma que não teve permissão para entrar na terra. Deus permitiu-lhe ver a terra do topo do monte Nebo. Lá ele faleceu e foi enterrado pelas mãos de Deus.

O livro de Deuteronômio é uma série de discursos que Moisés fez na planície de Moabe, antes de sua morte. Ele encorajou quão o povo ser fiel quando entrasse na terra, para que pudesse prosperar e permanecer na terra, através de toda a geração vindoura. Através de Moisés, Deus prometeu grandes bênçãos ao povo se permanecesse fiel a ele. Por outro lado, alertou sobre as punições, caso se desviasse dele.

Ambos os lados da questão Sbênçãos e maldiçõesS são absolutamente necessários ao plano de Deus. Deus sempre ofereceu ao homem grandes bênçãos por manter a sua lei e estabeleceu penalidades para a desobediência. Ele então deixou ao homem escolher o que ele quisesse.

Josué tornou-se líder em lugar de Moisés. Conduziu o povo através do Rio Jordão para conquistar a terra. Marcharam em volta de Jericó, e por sua fé Deus fez com que os poderosos muros caíssem. Josué e seu exército encontraram a vitória por toda parte. Dentro de poucos anos toda a terra havia sido conquistada e dividida entre as tribos.

Duas das promessas feitas a Abraão haviam sido cumpridas, neste ponto da história. Os descendentes de Abraão, de fato, tornaram-se uma nação. Deus os conduziu à vitória para ganharem a terra (Josué 21:43-45). Somente a promessa espiritual estava ainda faltando. Deus estava ainda revelando, gradativamente, o seu plano para a humanidade aprender. Não havia chegado ainda a "plenitude dos tempos".
Os Israelitas eram fiéis a Deus sob a liderança de Josué e assim permaneceram durante o tempo em que os mais velhos, que haviam servido com ele, viveram. Mas o homem é fraco. Tão logo as primeiras vitórias foram conseguidas e cada tribo recebeu sua porção de terra, os soldados tornaram-se relapsos. Não expulsaram o restante dos cananeus, como Deus havia dito que fizessem. Quando não o fizeram, Deus permitiu que os cananeus provassem a Israel para ver se a nação lhe seria fiel (Juízes 2:3). Israel fracassou na prova. Pouquíssimo tempo se passou antes que os encontrássemos desviando-se de Deus para adorarem os ídolos de seus vizinhos.

O próximo período da história israelita é composto por ciclos. Não houve um único líder durante estes 400 anos, aproximadamente, como tinham sido Moisés e Josué. O povo se voltaria para os ídolos. Deus permitiria que um inimigo os oprimisse. Eles se arrependeriam e clamariam pela ajuda de Deus. Deus então chamaria um juiz ou libertador. Houve quinze desses juízes. Houve Eúde que matou Eglom, rei de Moabe, e levou o povo a sacudir a opressão dos moabitas. Houve Débora que foi com Baraque, o general, para a luta contra Sísera e os cananeus. Houve Gideão que derrotou o inumerável exército de midianitas, com seu pequeno exército de 300 homens. Houve Jefté, que jurou sacrifícar a primeira coisa que viesse de sua casa, se fosse bem sucedido na batalha. Houve Sansão, a quem Deus deu uma força sobrehumana quando serviu como o exército de um homem só, contra os filisteus.

Nosso primeiro exame do período indicaria que houve um tempo de guerras constantes. Isto, todavia, não é comprovado por versículos como Juízes 3:11 e 30 que dizem que a Terra "ficou em paz durante quarenta anos" ou a terra "ficou em paz oitenta anos".

A pequena história de Rute ocorre durante o período dos juízes. O livro de Rute é uma história encantadora, de uma moça Moabita que deixou seu lar para acompanhar sua sogra para a terra de Israel. Lá, casou-se com Boaz, um parente próximo de seu falecido marido. É, entretanto, uma história meramente de interesse humano? Havia outras jovens virtuosas em Israel. Havia outros lares felizes. Rute e Boaz tiveram um filho chamado Obede. Este teve um filho chamado Jessé, que teve um filho chamado Davi, que teve um descendente chamado Jesus. Rute foi um elo no plano eterno de Deus!

Eli foi sacerdote e juiz no dia em que uma mulher chamada Ana orou intensamente por um filho. Deus concedeu-lhe seu desejo e Samuel nasceu. Ana dedicou seu filho a Deus tão logo ele teve idade suficiente para ajudar Eli no tabernáculo. Samuel é verdadeiramente um dos nomes a serem acrescentados à lista de grandes figuras da Bíblia. Julgou Israel durante uma longa vida.

Quando Samuel já era velho, o povo implorava por um rei. Samuel estava muito aflito, mas Deus lhe disse que desse a eles o seu rei. Eles haviam recusado Deus como seu rei ao invés de Samuel, como seu juiz. Sob orientação de Deus, o jovem Saul da tribo de Benjamim foi ungido. Saul era inicialmente muito humilde, mas o orgulho tornou-se a atitude maior de sua vida. Deixou de obedecer a Deus até que, finalmente, Deus recusou sua família como a família dominante.

Deus enviou Samuel a Belém para ungir um filho de Jessé como rei. Sete dos filhos de Jessé passaram diante de Samuel e Deus recusou cada um deles. Finalmente o jovem Davi foi chamado do campo e ungido. Davi foi um homem que seguia o coração de Deus (Atos 13:22). Existem cerca de 130 capítulos na Bíblia, cada um dos quais contando a história de Davi ou registrando os Salmos que ele escreveu. Ele era humano e cometia erros tal como outros grandes homens haviam feito. Talvez fiquemos mais impressionados com a sua justiça, à medida que lemos os Salmos de penitência que ele escreveu após o seu pecado com Bate-Seba (veja Salmo 51).

Davi queria construir um templo a Deus. Deus enviou Natã, o profeta, para dizer a Davi que ele não poderia fazê-lo, porque era um homem de guerra. Ao invés, Deus prometeu deixar seu filho construir a casa. Deus então prometeu estabelecer o trono de Davi para sempre. Se os seus descendentes pecassem, Deus os puniria "com varas" mas jamais removeria sua misericórdia da linhagem de Davi, como havia feito com Saul (2 Samuel 7:12-16; 1 Crônicas 17:11-14).

Até este ponto Deus havia revelado tudo isto de seu plano: Alguém triunfará sobre Satanás. Abençoará todas as famílias da Terra. Ele virá através de Abraão, através de Isaque, através de Jacó, através de Judá, e através de Davi. Reinará no trono de Davi para sempre (Gênesis 3:15; 12:1-3; 26:3-4; 28:13-14; 49:10; 2 Samuel 7:12-16).

Antes de Davi falecer, ele proclamou seu filho Salomão, rei. Deus apareceu ao jovem rei Salomão e disse-lhe que pedisse o que desejasse. Salomão pediu sabedoria. Deus ficou satisfeito e concedeu-lhe sabedoria muito acima do demais, e, além disso, riquezas, honra, paz e longa vida, se vivesse fielmente. Salomão ergueu o templo conforme Deus havia prometido. A fama de sua sabedoria e riqueza espalharam-se. Escreveu os Provérbios, Eclesiastes, e os Cantares de Salomão. A nação de Israel atingiu o seu maior tamanho durante seu reinado. Infelizmente ele se desviou de Deus, por suas muitas esposas.

O reino estava em aflição, quando Salomão faleceu. Ele havia sobrecarregado o povo com impostos e o povo queria liberdade. Quando Roboão, seu filho, tornou-se rei, as dez tribos do norte rebelaram-se, porque Roboão não ouvia os seus pedidos de alívio. Jeroboão tornou-se rei na parte norte da terra, desde então denominada Israel. Roboão ficou só com as duas tribos mais ao sul, e ele chamou de Judá seu pequeno reino.

A história da nação Israelita havia encerrado outra fase. Israel deixou o Egito como uma vasta multidão de escravos destreinados. Deus moldou, ensinou e reformulou a nação durante os quarenta anos em que vagaram no deserto sob o comando de Moisés. Josué encaminhou uma nação animada e conquistadora para Canaã, a terra prometida. Seguiu-se o período de juízes quando cada homem "fazia o que achava mais reto" (Juízes 21:25). O povo desejava um rei e trabalhou unido, sob a liderança de Saul, Davi, e Salomão So período denominado o Reino Unido. Agora o reino havia se dividido em dois reinos pequenos, por vezes em guerra. Desde este ponto até o restante do Velho Testamento, o povo distanciou_se cada vez mais de Deus.

Jeroboão, o Reino do Norte, não queria que os seus sujeitos retornassem ao templo em Jerusalém. Estabeleceu seu próprio sistema de culto: novos deuses, novos sacerdotes, novos dias festivos, novas leis. Nunca houve um rei justo em Israel. A dinastia mudou nove vezes antes do reinado cair. Acabe, com sua esposa cruel Jezabel, destacou-se como um dos reis mais ímpios do período. Elias, Eliseu, Amós, Oséias, e outros profetas foram enviados por Deus para alertar Israel sobre o juízo vindouro. Uma vez mais o espaço não nos permite entrar em detalhes. Finalmente Deus não mais toleraria sua iniqüidade. Em 721 a.C., Deus permitiu que o exército Assírio conquistasse Samaria, a capital de Israel. O povo foi levado cativo. Os estrangeiros foram trazidos para ocuparem a terra. Os estrangeiros casaram-se com a baixa classe de israelitas deixados na terra e tornaram-se a raça mista, odiada, posteriormente denominados Samaritanos.

Depois disso, o reino sul de Judá prosseguiu. Seu povo também distanciou-se de Deus. Sua decadência, entretanto, não foi tão rápida como a de Israel porque tiveram alguns reis bons, como Asa, Josafá, Uzias, Ezequias, e Josias. Não há um período mais obscuro na história Israelita do que o reino dividido. Finalmente, esgotou-se a paciência de Deus também por Judá (2 Crônicas 36:15-16). Em 606 a.C., Nabucodonosor da Babilônia levou os primeiros cativos de Jerusalém. Retornou para buscar mais cativos em 597 a.C., e finalmente destruiu a cidade de Jerusalém em 586 a.C. Somente os mais pobres da terra foram deixados, e mesmo eles fugiram para o Egito dentro de poucos meses.

Deus se esqueceu de seu plano? Tudo se acabou? Nem por um momento! O povo escolhido de Deus tem que ser punido, mas ele não permitiu que a fraqueza do homem destruisse seu propósito eterno.

Você se lembra da promessa a Davi, de que a linhagem real permaneceria em sua família (2 Samuel 7:12-16)? A família dominante foi mudada nove vezes em Israel mas nenhuma só vez em Judá. A providência de Deus forneceu uma descendência direta em cada geração. Em uma ocasião, Atalia, filha de Acabe, tentou destruir toda a semente real e usurpar o trono (2 Reis 11:1-4). O bebê Joás foi escondido por Joiada, o sacerdote, por seis anos, antes de ser levado ao trono. Em outra ocasião, um inimigo destruiu toda a linhagem real, exceto um filho (2 Crônicas 21:16-17). Não foi por acidente que um foi deixado, a cada vez, para ocupar o seu lugar no trono de Davi. Estes reis eram importantes elos de ligação no plano de Deus.

A mesma passagem que prometeu que a linhagem real permaneceria na família de Davi, alertou também que seus descendentes seriam punidos, se caíssem em iniquidade. A punição que veio a casa de Judá foi tanto uma parte do plano de Deus quanto as bênçãos que eles poderiam ter recebido se permanecessem justos.

O período que normalmente chamamos de cativeiro permaneceu por setenta anos. É contado desde o momento em que o primeiro grupo de cativos foi retirado do reino de Judá até o primeiro grupo teve permissão de retornar à casa.

Os escritos dos profetas Daniel e Ezequiel contam sobre este período. Daniel foi treinado para servir na corte dos reis. Deteve cargos de alta autoridade sob Nabucodonosor e então sob Dario, dos medos e dos persas. Ezequiel viveu no meio do povo comum e nos dá uma visão de suas vidas nesse período.

Jeremias, o profeta, havia predito que o cativeiro duraria por setenta anos (Jeremias 25:11). E de fato os primeiros cativos haviam sido levados em 606 a.C.. Em 539 a.C., a Babilônia caiu diante dos Medos e dos Persas. O rei Ciro decretou que todos os povos cativos poderiam retornar a suas casas de origem. Desta forma, em 536 a.C., exatamente setenta anos depois dos primeiros cativos terem sido retirados de Judá, um grupo de judeus começou sua viagem para a terra natal. Zorobabel liderou este primeiro grupo. Seu objetivo principal era reconstruir o templo em Jerusalém.

Conforme usual em qualquer tarefa de peso, o povo imediatamente defrontou-se com a oposição. Os vizinhos samaritanos interferiram e finalmente conseguiram parar a construção do templo. Por dezesseis anos nada foi feito. Os profetas Ageu e Zacarias encorajaram o povo a começar seu trabalho. O templo foi finalmente concluído, mas o povo não permaneceu fiel a Deus.

Esdras trouxe outro grupo de volta a Jerusalém. Determinou-se a restaurar a adoração do povo (458 a.C.). Não muito depois, Neemias soube que a cidade ainda estava em angústia. Recebeu permissão do rei da Pérsia para reconstruir os muros de Jerusalém. Ele e o povo trabalharam duro e concluíram a enorme tarefa em apenas 52 dias.

Neemias e Esdras parecem ter trabalhado em conjunto para persuadir o povo a livrar-se de suas esposas estrangeiras e retornarem à fidelidade em Deus.

A porcentagem de judeus que retornaram a sua terra nativa era efetivamente pequena. Por esta ocasião havia judeus espalhados por todo o mundo que naquela época era conhecido. Deus não se esqueceu de seu povo, onde quer que vivessem. O livro de Ester mostra como Deus podia exercer a sua providência mesmo na corte de um rei persa, de modo a salvar o seu povo.
O profeta Amós havia predito que viria um dia de fome, não de pão nem de água, mas sim, uma fome de ouvir as palavras do Senhor (Amós 8:11). Este tempo chegou com Malaquias, que profetizou aproximadamente na mesma ocasião que Neemias e Esdras.

Talvez tenhamos nosso quadro mais claro da condição espiritual do povo durante este período a partir dos escritos de Malaquias. Passaram então por uma forma de adoração mas seus corações não estavam nela. Malaquias encerra o seu livro declarando que viria alguém na forma de Elias para preparar o caminho "antes que venha o grande e terrível Dia do SENHOR" (Malaquias 4:5).

Os profetas predisseram informações adicionais sobre aquele que estava por vir, mas ele não era ainda mais do que uma personagem obscura, então.

Agora, completo silêncio. A cortina caiu sobre o palco divino e quatrocentos anos se passaram sem nenhuma comunicação registrada de Deus. Havia ele mudado seu pensamento? Havia sido esquecido seu propósito?

A Babilônia caiu antes de encerrar-se o Antigo Testamento. O império Medo-Persa havia caído cerca de cem anos após o livro de Malaquias ter sido escrito. Alexandre, o Grande, liderou os gregos para a conquista do mundo. Anos se passaram e Roma, o quarto império mundial desde os dias de Daniel subiu ao poder. A profecia de Deus havia sido de que, nos dias deste império, ele estabeleceria o seu reino, que jamais seria destruído (Daniel 2:44). "A plenitude dos tempos" havia chegado (Gálatas 4:4).

A cortina sobe novamente para encontrarmos um velho sacerdote de nome Zacarias servindo no templo. Subitamente, o anjo Gabriel estava diante dele, a primeira comunicação de Deus desde Malaquias. Zacarias recebeu as novas de que ele seria o pai de João, o precursor que foi predito por Malaquias.

Cerca de seis meses depois, o mesmo anjo apareceu a uma jovem virgem chamada Maria. Disse-lhe que ela teria um filho concebido do Espírito Santo. Este seria Jesus, o Salvador; Emanuel, Deus conosco; Cristo, o Ungido; o Verbo, feito carne para habitar entre os homens.

É este, o divino Filho de Deus, que veio para resumir todo este plano glorioso de Deus. Ele é aquele que cumpre as promessas e profecias. Ele é aquele que ofereceu o sacrifício da morte pelo pecado para que o homem pudesse viver, apesar de sua fraqueza. Ele é aquele que deu a lei perfeita da liberdade, para que o homem pudesse viver uma nova vida, plena de esperança. Ele é aquele que é a plenitude de toda Bíblia. Não haveria Bíblia, nenhum plano, nenhuma esperança para o homem sem este Jesus.

Mateus, Marcos, Lucas e João foram escritos para que pudéssemos entender e crer que este Jesus cumpre toda qualificação jamais estabelecida por Deus. Ele era de fato o "Cristo, o filho do Deus vivo". Viveu uma vida perfeita para mostrar ao homem o que Deus pretendia. Morreu para pagar o preço do pecado. Foi ressuscitado para ser as primícias dos que dormiam. Foi coroado no próprio céu para reinar no trono de Davi, à direita de Deus.

Um pouco antes de Jesus retornar ao paraíso, ele disse aos seus díscipulos "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura" (Marcos 16:15). A palavra "evangelho" diz literalmente "boas novas". Em outras palavras, Jesus estava dizendo aos seus discípulos que espalhassem as boas novas. Vão dizer ao mundo que o prometido chegou. Vão dizer a todas as pessoas que há esperança de perdão, há esperança de um lar no céu. Vão dizer ao mundo que o homem pode reconciliar-se com Deus. Vão dizer ao mundo que o plano de Deus para redenção foi revelado.

Os apóstolos receberam o Espírito Santo para orientá-los à medida que iam por todo o mundo, para falar às pessoas sobre este plano glorioso de Deus. O livro de Atos nos dá uma visão do tipo de trabalho que foi feito.

Ao final do primeiro século, a nova lei, a lei de Cristo, havia sido inteiramente revelada e escrita para a humanidade ler, entender e aceitar (Efésios 3:1-12). As leis e normas foram dadas para nos orientar em moldar nossas vidas para sermos como Cristo e para participarmos da natureza divina (2 Pedro 1:4).

Os profetas do Velho Testamento queriam ver o final do quadro (1 Pedro 1:10-12). Temo-lo todo revelado agora em Cristo. As pessoas desta era são herdeiros das promessas feitas a Abraão, Isaque e Jacó (Atos 3:24_25). Não há outra bênção espiritual que possamos pedir.

O plano glorioso e eterno de Deus está pronto para que o aceitemos. É nossa opção. Podemos aceitar seus termos e herdarmos as bênçãos ou podemos recusar seus termos e estaremos perdidos e sem esperança no mundo. A vida na terra é um breve período de provação, para se ver quais homens podem viver no paraíso com Deus, na eternidade.

O Novo Testamento encerra-se com um livro de vitória. O Apocalipse prediz a vitória final de Cristo sobre Satanás, no dia do julgamento.

Toda a Bíblia é a história de Cristo, a plenitude do plano da redenção!

Temos olhado este plano majestoso que Deus revelou ao homem. Temos olhado nossa esperança. Temos olhado o homem, uma alma viva feita à imagem de Deus, feita para a glória de Deus (Isaías 43:7), capaz de escolher pela justiça, mais feliz quando em companhia de Deus, e não obstante pequeno em sua força para resistir à tentação; incapaz de pagar o preço do pecado por si próprio.

Surge agora outra questão: Por que o longo período entre a criação e a realização do plano de Deus? Deus já tinha pronto um plano para resgatar o homem caso este pecasse (1 Coríntios 2:7; Efésios 3:10-11). Então por que esperar? Por que não revelar a Adão, no dia em que ele pecou?

O homem jamais teria entendido o valor da salvação. Havia lições demais, que o homem somente poderia aprender pela experiência.

A humanidade tinha que aprender a necessidade das bênçãos de Deus. O que significa "perdido"? A serpente convenceu Eva de que as vantagens, ao comer o fruto, superariam quaisquer desvantagens que pudessem ocorrer. Para seu pavor, ela e Adão aprenderam que isto significava o medo e a vergonha, imediatamente. Significava deixar o seu paraíso terrestre. Significava a dor, a tristeza, a morte, a separação de Deus, além de todos os demais males que poderiam ser citados. Toda a história Israelita prova repetidamente que a perda do favor de Deus significava a fome, a aflição de inimigos e a punição de várias formas.

Os homens tinham que aprender quão inútil a vida é sem Deus. O livro de Eclesiastes fala de uma experiência pelo sábio Salomão. Começou a determinar qual é o propósito da vida sob o sol. Teve a riqueza para que pudesse tentar qualquer coisa que escolhesse além da sabedoria para ver a conclusão de cada coisa que tentasse. Tentou o riso e o prazer. Concedeu a si próprio todo o desejo de seu coração. Mas foi inútil como meta. Tentou achar o valor em viver pelo trabalho diligente. Fez obras poderosas. Mas que valor teve? Poderia ele comer mais do que um pobre? Se construísse um vasto império, morreria como um escravo e deixaria este reino para que um filho insensato o herdasse. Viu que não havia valor no trabalho exceto o puro prazer de fazê-lo. Tentou acumular conhecimento. Este era de mais valor que o riso; mas onde terminou? Após reunir todo o conhecimento e sabedoria ele morreria exatamente da forma como morre o ignorante. Chegou à única conclusão possível: "De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem" (Eclesiastes 12:13). Isto é tudo que dá à vida sob o sol qualquer significado.

O homem tinha que aprender o quão desamparado ele é ao tentar ganhar as bênçãos de Deus por si próprio. A humanidade não manteria nem mesmo o mais simples código patriarcal, quando Deus falasse diretamente aos fiéis pais das famílias. As leis eram muito poucas e muito simples. Mas, sob este sistema, a humanidade tornou-se tão iníqua que Deus destruiu o mundo com um dilúvio.

Talvez o homem precisasse de mais leis para que soubesse exatamente qual caminho seguir. Talvez o homem pudesse manter leis suficientes para merecer o galardão como pagamento. Assim Deus deu aos Israelitas no Monte Sinai a lei de Moisés, que tinha muitas, muitas leis e tinha muitos sacrifícios e cerimônias para os homens cumprirem.

Ao invés de tornar o homem mais virtuoso, o pecado abundava, porque haviam mais leis a violar (Romanos 5:20). A lei tornou-se uma maldição, ao invés de uma bênção, por causa da fraqueza do homem em mantê-la (Gálatas 3:10-12). De fato, a lei ensinou ao homem o que era pecado (Romanos 7:7-8).

Ao mesmo tempo que os judeus estavam fracassando no cumprimento de sua difícil lei, os gentios estavam ainda sob a simples lei Patriarcal. Afastaram-se tanto de Deus que ele finalmente lhes deu uma mente indesculpável (Romanos 1:20 e seguintes).

Romanos 1, 2 e 3 descrevem como os gentios desistiram de conhecer a Deus, como os judeus foram tão iníquos quanto os gentios e então vem a conclusão final. Ninguém pode ser salvo por seu próprio mérito.

Agora, após reconhecer este fato, o que poderia o homem fazer, depois de pecar? Que oferenda poderia eu, como uma minúscula parte da criação, oferecer a Deus, o Criador? Jesus disse que, depois de havermos feito tudo, seriamos ainda servos inúteis (Lucas 17:10). Moisés percebeu sua pequenez perante Deus, em uma ocasião em que pedia em nome de Israel: "Ora, o povo cometeu grande pecado.... Agora, pois, perdoa-lhe o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste" (Êxodo 32:31-32). O que poderia Moisés oferecer a Deus, pelo seu perdão?

Há um verdadeiro rio de sangue de sacrifícios, que corre por todo o Antigo Testamento. Examine 1 Reis 8 para ver os sacrifícios oferecidos em apenas um dia. Mas isto não era suficiente. O sangue de touros e bodes jamais poderia ter valor suficiente para pagar a fraqueza da humanidade (Hebreus 10:4).

A lei ofereceu a justiça perante Deus, apenas pela perfeição em obedecer seus mandamentos. A lei não ofereceu nenhuma outra forma de se obter o perdão, até mesmo por um erro (Romanos 3:20). Cometeu ele um erro em dar tal lei? Jamais! O homem tinha que ser convencido de que não tinha esperança neste mundo, sem o auxílio de Deus.

Por isso, o homem necessita das bênçãos de Deus. O homem está perdido em pecado. Não há nada que o homem possa fazer para salvar-se. Deus oferece uma saída. Mas, cumprirá ele suas promessas? Se ele me promete uma grande recompensa e eu passo minha vida tentando viver justamente, deixará ele de manter sua palavra em dar-me tal recompensa? Ou, se ele ameaçar severa punição no Inferno, se eu deixar de obedecer, tenho eu qualquer base de esperança de que ele se esquecerá e me deixará entrar impune?

Toda a revelação do plano de Deus mostra-me, por todos os aspectos, que, de fato, "não retarda o Senhor a sua promessa..." (2 Pedro 3:9-10). Deus deseja que todos os homens sejam salvos; mas, chegará um dia em que todos estarão em julgamento perante ele. O justo herdará a vida eterna, mas os injustos serão enviados para punição eterna.
Vimos, pela história da Bíblia, que Deus manteve todas as suas promessas a Abraão. Manteve sua promessa a Davi. Manteve também sua promessa quanto ao pecado. Talvez um caso particular provaria este ponto. Os Amalequitas vieram contra os Israelitas quando estes acabaram de sair do Egito. Deus fez sua batalha naquele dia. Prometeu ele então que chegaria o dia em que o nome de Amaleque seria inteiramente destruído (Êxodo 17:8-14). Centenas de anos se passaram. Finalmente, chegou o dia em que Deus enviou por Samuel ordem para Saul destruir inteiramente os Amalequitas (I Samuel 15). Deus manteve sua promessa!

Deus é paciente, mas há um momento em que a paciência se torna um sinal de indiferença. A paciência de Deus pode se esgotar. Você se lembra da história do dilúvio, quando Deus não mais tolerou o homem. A nação de Israel tornou-se tão iníqua, que a paciência de Deus esgotou-se e eles foram punidos. Deus esperou até que não houvesse remédio algum para a nação de Judá, e então o seu julgamento ocorreu (2 Crônicas 36:14 e seguintes).

Deus não faz acepção de pessoas (Romanos 2:11). Como posso examinar a história dos tratos de Deus com a humanidade e esperar que ele trate de forma diferente comigo? Uma mentira de Deus iria contradizer o próprio conceito de Divindade (Hebreus 6:18). Deus ofereceu-me um galardão mais glorioso do que posso compreender, se eu aceitar as suas condições. Se não aceitá-las, ele prometeu uma punição mais terrível do que posso compreender. Ambos os lados da questão são verdadeiros Squer na minha insignificância eu aceite ou nãoS e não posso esperar ser tratado de qualquer outra forma.

O homem teve que aprender a própria linguagem da redenção. Teve que aprender o significado de perdido para que pudesse aprender o significado de salvo. O homem teve que aprender o significado do perdão.

Teve que aprender como Deus lhe ofereceu reconciliação em Cristo. Deus está no mesmo lugar em que estava no dia em que criou Adão. Mas Adão caiu daquele lugar. Cada homem nascido desde Adão pecou e, portanto, decaiu do favor de Deus. Agora, através de Cristo, o homem pode reconciliar-se ou recobrar o favor de Deus.

O homem teve que aprender o que era um sacrifício, para que pudesse ver o valor do sacrifício de Cristo. O único sacrifício de Cristo em lugar do homem faz o que o rio de sangue dos sacrifícios de animais jamais poderia fazer. Cristo veio como nosso Sumo Sacerdote, nosso Mediador, para interceder por nós perante o próprio Deus!

Cristo encontrou todas as necessidades que o Antigo Testamento ensinou ao homem. Veio e viveu sob a difícil lei de Moisés, e viveu perfeitamente. Ele provou, desta forma, que era fraqueza do homem e não fraqueza do plano. Expiou ele, então, pelas fraquezas do homem, ao dar uma lei efetiva. É dele a "lei perfeita da liberdade" (Tiago 1:25). Há detalhes e mandamentos nesta lei que eu simplesmente tenho que cumprir. Mas, quando eu tento de tudo, e falho pela minha fraqueza, eu tenho um "Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo" (1 João 2:1). Ele é a propiciação pelos meus pecados.

Sim, eu tenho que aceitar as condições de Deus. Tenho que acreditar em sua palavra. Tenho que arrepender-me de meus pecados, confessar seu nome diante dos homens e ser batizado para tornar-me filho de Deus. Então, tenho que viver o resto de minha vida imitando a natureza de Cristo, da melhor forma que puder. Mas, não seria mais apropriado dizer que tenho a permissão de cumprir as condições de Deus?


extraído do site:
www.estudosdabiblia.net

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