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Não quero mais ser evangélico


Não estou brincando!

A indignação toma conta de meu ser, pois não dá mais. Evangélico no Brasil virou sinônimo de movimento financeiro religioso, algo meio sem ética – ou totalmente se preferir – em que se rouba e depois ora pedindo perdão a Deus. O “mensalão” de Brasília revela não apenas o que há de pior na política brasileira, mas algo cheira mal na fé evangélica também (ou plagiando o filme, “Fé de mais não cheira bem”). Como é possível alguém orar e dizer que o “financiador” é uma bênção para a cidade?

A verdade é que hoje a cristandade está com a síndrome de Geazi, servo do profeta Eliseu (2Reis 5:20-27). Correndo atrás dos tesouros de Naamã, a cristandade gananciosa (2Reis 5:20) mente e camufla situações para justificar seus pecados (2Reis 5:22); pior, esconde o pecado (2Reis 5:24), mostrando a hipocrisia em que vivem (2Reis 5:25). Desta vez foi a gota d’água, ver um pastor, que é deputado distrital – o que já é incoerente, pois ou é pastor ou deputado – e o presidente da Câmara, orando e pedindo a Deus pelo gestor das
fraudes, chamando-o de “instrumento de bênção para nossas vidas e para a cidade”. Para a cidade de Brasília eu não sei, mas parece que o gestor financeiro do mensalão foi uma “bênção” para outros.

Não é apenas isso (ou tudo isso), mas a Igreja Evangélica no Brasil virou um monstrengo, uma colcha de retalhos, que mistura “alhos com bugalhos”, Bíblia com água e óleo ungido. Os pastores deixaram de ser homens de reconhecida piedade para serem executivos da fé; jogaram no lixo a orientação de Paulo para serem ministros de Cristo, que se ocupassem da leitura da Escritura, “à exortação e ao ensino” (1Timóteo 4:12,13), para serem ministros de si
mesmo, onde a “escritura” agora é auto-ajuda, e a exortação e o ensino viraram barganha de promessas. Não me escandalizo mais, pois o que sinto é uma revolta contra aqueles que “seguiram pelo caminho de Caim, e por causa do lucro se lançaram no erro de Balaão...” (Judas 11).

Por isso não me chamem de “evangélico”, pois este termo implicava numa atitude baseada no Evangelho de Cristo. Mas hoje isso virou um termo jocoso e maldoso. Não quero mais compactuar com pastores que vendem e compram igrejas (isso mesmo!) como se fossem propriedades privadas, investimentos financeiros lucrosos. Não quero mais saber deste evangelicalismo sem ética, sem doutrina e que está mandando milhares para o inferno. Chega deste evangelho de faz-de-conta, em que Jesus é apresentado como um “amigão”, mas nunca como Senhor. Chega deste “evangelho” sem cruz, sem vergonha e mentiroso. Com certeza, Pedro está certo quando afirma pelo Espírito Santo: “... Tais homens têm prazer na luxúria à luz do dia... enganam os inconstantes e têm o coração exercitado na ganância. São malditos. Eles se desviaram, deixando o caminho reto e seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça” (2Pedro 2:13-15).

E agora? Onde estão os apóstolos que pedem dinheiro e se envolvem com as maracutaias religiosas? Onde estão aqueles que oram pelo dinheiro sujo e pedem em nome de Deus que os abençoe? Onde estão aqueles que vendem igrejas com membros e tudo mais? Que pedem “trízimo” (não estou brincando), ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo? Onde estão os profetas com suas “profetadas” e palavras “ungidas”? Onde está a Igreja que diz proclamar em alta voz que o Brasil é do Senhor Jesus? Ouçamos Isaías: “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem, mal; que transformam trevas em luz e luz em trevas, e ao amargo em doce, e o doce em amargo!... Por isso a ira do SENHOR acendeu-se contra o seu povo, e o SENHOR estendeu a mão contra ele e o feriu...” (Isaías 5:20,25a).

Aqui não é um julgamento. Que ninguém me venha com a falácia de “Não julgueis para não serdes julgados”, pois isso é um simplismo de que se aproveitam muitos daqueles que são desonestos e usam a Bíblia para justificar suas ações. Diante da injustiça não podemos nos calar, seja ela de um evangélico ou não. Não me chamem de evangélico, pois não quero este evangelho mercadológico. Quero apenas ser cristão, quero apenas seguir a Cristo e viver para Ele.


O autor, Gilson Souto Maior Junior, é pastor sênior da Igreja Batista do Estoril e professor de Antigo Testamento e Hebraico da Faculdade Teológica Batista de Bauru - Fateo

fonte:
www.jesussite.com.br
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O "Papa" da autoajuda Evangélica.




Pastor americano que morou no Rio volta à cidade para badalar novo livro.
Ele já vendeu 70 milhões de exemplaresRio - Se você está desempregado, o amor da sua vida deu no pé e as dívidas se avolumam, saiba que esta é a hora em que o pastor americano Max Lucado gosta de entrar em cena. Ele está no Rio neste fim de semana para lançar seu novo livro, ‘Sem medo de viver’, pela Editora Thomas Nelson, no qual prega a virtude da coragem. Tempo de crise mundial, aliás, é o melhor momento para ele ganhar mais almas e leitores. Seus 58 títulos já venderam 70 milhões de exemplares.Lucado é campeão de vendas em um segmento que faz sucesso no Brasil: o de livros motivacionais e de autoajuda. No caso dele, inspirado na fé cristã. O autor é uma espécie de Paulo Coelho evangélico. Conta histórias, prende a atenção e encerra com uma lição

Livros do pastor já entraram na lista dos mais vendidos do ‘New York Times’ e do ‘USA Today’. Ganhou 3 vezes o prêmio de Livro do Ano da Associação de Editoras Evangélicas Cristãs com ‘Quando Deus sussurra seu nome’ (1995), ‘Nas Garras da Graça’ (1997) e ‘Simplesmente como Jesus’ (1999).

O pastor começou a escrever no Rio, onde morou com a mulher, Denalyn, entre 1983 e 1987. Era missionário em igreja na Praça Sans Peña, na Tijuca, e colaborava em estudos bíblicos em Jacarepaguá, Niterói e em favela da Zona Norte. De dia estudava Português. “Era muito cansativo aprender outra língua. À noite, descansava e escrevia sobre a vida de Cristo”, explica ele, que hoje mora em San Antonio, no Texas. Lucado tem três filhos.

O sucesso não o afastou do púlpito. Lucado é ministro de pregação na Igreja de Oak Hills, em San Antonio. Para atrair admiradores e fiéis, desenvolveu a arte de contar histórias: “O mais importante em uma história é ter conflito. Alguma coisa tem que acontecer para pegar a nossa atenção e o coração. No fim, o conflito tem de ser resolvido”.

Parte do lucro dos livros vai para missões espalhadas pelo mundo. “Tenho uma fundação que ajuda viúvas e órfãos”, afirma. Na volta ao Rio, Lucado se surpreendeu com o avanço evangélico. Mas ele busca leitores em outros credos: “Tem muitas pessoas que não são religiosas e gostam dos meus livros. Apresento Cristo como salvador e professor”.

TRECHO: ‘Pergunta para a beira do desfiladeiro’

“Como passou a noite?”, perguntou a enfermeira. Os olhos cansados do jovem responderam à pergunta antes que seus lábios o fizessem. Ela fora longa e difícil. As vigílias sempre são. Mas ainda mais quando passadas com seu próprio pai.

“Ele não acordou.” O filho sentou-se junto ao leito e pegou na mão ossuda que tantas vezes segurara a sua. Ele tinha medo de largá-la por temer que fazendo isso o homem que amava tanto pudesse passar para o outro lado.

Ele a segurou a noite inteira enquanto os dois ficavam à beira do desfiladeiro, cientes de que o passo final estava apenas algumas horas à sua frente. (...) “Sei que tem de acontecer”, disse o filho, olhando para o rosto acinzentado do pai: “Só não sei a razão”.

O desfiladeiro da morte: é um lugar desolado. (...). Você já esteve ali? Já foi chamado para ficar junto à linha fina que separa os vivos dos mortos? Já observou a doença corroendo e atrofiando o corpo de um amigo? Já permaneceu no cemitério muito tempo depois que os outros partiram?

O fato de ficar à beira do desfiladeiro coloca toda a nossa vida em perspectiva. (...) Na beirada do desfiladeiro ninguém se preocupa com salários ou posições. (...) A medida que os humanos que envelhecem ficam junto a esse abismo eterno, todos os jogos e disfarces da vida parecem tristemente tolos. (Max Lucado, do livro ‘Deus chegou mais perto’)


POR ÉLCIO BRAGA
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